Baixas yelds e lucros continuados: 2 pilares do momento bull.

Face ao longo período de crescimento dos mercados que conta já com 9 anos de permanência e às fortes correções sentidas pelos mercados nos últimos tempos, muita gente se pergunta sobre a possibilidade de estarmos enfrentando a possibilidade de estarmos experimentando um final de ciclo. Não raros gestores de fundos, em Portugal e lá por fora, têm vindo a publico falar sobre esta possibilidade e muitos apresentam soluções para esta eventualidade. Não raras vezes, as soluções apresentadas vão de encontro a fundos defensivos propostos pelas instituições em que exercem a sua atividade profissional. Não sei se é curial, mas que esta situação é muito (demasiado?) humana, é.

 

Podemos entender como lógica a preocupação com a eventual inversão de ciclo dos mercados se tivermos presente que nos Estados Unidos se vive um dos ciclos de crescimento mais longos da história. Mas também é importante dizer-se que este crescimento é caracterizado pela sua moderação e pelos estímulos monetários sem precedentes que se têm verificado.

Neste momento, segundo o que se pode ler um pouco por todos os sites da especialidade, o sentimento bull á ainda alimentado pelo forte crescimento dos lucros das empresas e por algumas taxas que, embora aumentando, ainda permanecem em níveis baixos.

Desta forma, qualquer notícia que possa afectar seriamente qualquer um destes dois pilares (1.- crescimento dos lucros; 2.- Baixas taxas de juro) terá um impacto forte sobre o comportamento dos mercados de acções. Assim, quando o Trump decidiu envolver o mundo nesta espetacular ideia de que as “guerras comerciais são boas e fáceis de ganhar”, se a FED não nos der  uma mensagem um pouco mais agressiva (por exemplo: descida forte das taxas a dez anos) assistiremos a fortes oscilações nos mercados financeiros, como esta a que assistimos nos últimos dias.

O ideal nestas situações é olhar para lá da espuma dos dias. Ou seja, verificar se em termos macro, os pilares referidos acima têm sofrido grandes oscilações. Com efeito, estes sustentáculos têm-se mantido e, ainda no passado dia 4, o site ETF Daily News se felicitava pelo regresso da queda das taxas num post que veementemente aconselhamos.

 

David Ardura, um analista de topo da Gesconsult, referia há uns dias em artigo de opinião no, salvo erro, Cinco Dias, que a curva desenhada num gráfico pelas taxas de juro ainda não antecipam uma recessão para os próximos doze meses. Tendo isso em atenção aconselhava os seus leitores a investir para aproveitar o momento de baixa. Não foi o único a dizê-lo…

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