Garantimos o osso, a carne virá ou não para o nosso prato…

Segundo o Eco, a refinaria da Galp em Matosinhos apressa-se a refinar lítio para um cliente nórdico. ‘Espertamente’, evitará a dispendiosa despoluição de terrenos se os poluir ainda mais.

Segundo pensam os nossos decisores, as minas de lítio tornam-se assim mais viáveis. Um raciocínio muito, muito discutível…

Daqui por um ano se verá se ficaremos com todo o lixo, ou se toda a cadeia de valor das baterias elétricas ficará no país.

Até lá, uma certeza: o Galamba já se esqueceu do surf e está-se na tintas para o ambiente. É o que há.

Hidrogénio Verde – Esperança ou espavento?

O hidrogénio promete vir a ser a próxima revolução energética da humanidade e já há quem o considere o novo diesel.

A coisa tem riscos para a segurança de eventuais passageiros de veículos movidos a hidrogénio e não é ambientalmente isenta.

Por cá, o poder socialista arranjou logo forma de colocar este futuro negócio nas mãos dos mesmos, os do costume…

Abaixo, alguns links para notícias relacionadas com o assunto e com a discussão que se faz entre nós, um webinar patrocinado por uma empresa do sector subordinado à questão que traduzimos como ‘Hidrogénio verde – esperança ou espavento?’ e um vídeo sobre a estratégia chilena debatida há um ano nas instalações da Corfo. (Parece ser esta estratégia aquela que mais entusiasma o Galamba. Seja: Lítio + Hidrogénio).

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Veículos Elétricos: A Europa a trabalhar ao contrário?

Muito mau: Infelizmente não se estranha que a rapaziada da política cá do sítio se proponha ‘queimar’ o ambiente nacional e autorize a exploração mineira a céu aberto do lítio.

Pior: a rapaziada da política não faz questão de ter em Portugal o fabrico de baterias e de assegurar assim algum valor acrescentado numa indústria altamente subsidiada na Europa.

Horror: A rapaziada da política, não só não faz questão de exigir que seja criada uma fábrica de baterias em Portugal como se move no sentido do hidrogénio.

Com sanha, acusações torpes aos especialistas que desaconselham esta opção e tudo.

Dante revisitado: a Europa, não só não corrige estes erros de planeamento como se afunda neles. A Europa deixou-se atrasar no domínio das tecnologias EV e os seus incentivos à produção de veículos não poluentes (i.e.: não poluentes nas cidades…) foram parar aos bolsos de chineses, coreanos, japoneses… Os VE da Europa são desenhados a partir das baterias asiáticas disponíveis no mercado!

Epílogo: parece que os gregos são os mais ajuízados. Uma empresa grega assume-se com uma estratégia diferenciadora: baterias para empilhadoras.
Uma pilha de nervos, é o que isto é!

All lives matter

Não gosto de ver morrer animais por incúria dos homens e das mulheres. Percebo um poucochinho que se chame o presidente Santo Tirso à Assembleia da República para que se apurem responsabilidades sobre o facto. Também percebo que há uns caramelos que se fazem passar por bonzinhos para papar uns votitos, dizer umas tolices e aparecer.

Acho ignóbil que o Vitalino Canas não pense justificar-se pela morte de bombeiros.
Acho hediondo que se ande a fingir que se legisla para a limpeza, a segurança e a sustentabilidade económica dos matos e florestas deste país há décadas
Ao fim e ao cabo quando a incúria mata homens e mulheres isso é crime. Ora, apuradas as responsabilidades criminais de um arguido, ficamos com um criminoso em mãos e os criminosos, depois de julgados admoestam-se, multam-se, exoneram-se e prendem-se.
Verdade, ó Vitalino? É assim, ó Costa?

O Tavares já avisou há uns tempos que o caminho que a Europa está a fazer para o VE é economicamente suicida.

Disse o gestor português que franceses e alemães não fazem ideia das empresas que podem desaparecer devido a este afã.

A verdade é que, um tanto ou quanto inesperadamente, algumas empresas alemãs não param de ter problemas de afirmação. Veja-se, a este propósito, o grupo Volkswagen e as emissões que os seus motores não evitam. Pense-se ainda na Opel que foi praticamente saldada ao grupo PSA – Peugeot.

Na sombra a incontornável China. Este país é já uma potência no fabrico de baterias para automóveis e controla a produção de lítio à escala global. Assim, a China é quem parece querer lucrar mais com o caminho dos europeus para uma ‘auto locomoção’ eléctrica e, alegadamente, não poluente.

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Tyson Foods: uma ação politicamente correta.

Quando voltam à ribalta um mundo de preocupações malthusianas sobre a capacidade do planeta para alimentar os seus habitantes, parece-nos pertinente apresentar aqui uma ação que aposta na produção de proteínas de forma sustentável. Recordamos que, por questões ambientais, a Europa se prepara para atacar a produção de carne de bovino. Vai daí que, a par do aumento da consciência ambiental das pessoas, a pressão política nos países desenvolvidos para se reduzir a produção de carne de vaca, podem tornar-se catalisadores do valor desta ação. Continue a ler “Tyson Foods: uma ação politicamente correta.”

Desta vez é muito diferente

A revista Project Syndicate trouxe-nos ontem muito bons artigos.
Para já, quero destacar o artigo ‘This Time Really Is Different’ de Christopher Smart.

Em alguns foruns de bolsa cá da praça, é recorrente o ar sabiamente superior assumido por alguns foristas que se afirmam totalmente avessos à análise do mercado com base em notícias. Querem eles dizer que o evoluir dos mercados, quando não depende quase mágica e unicamente da AT, depende de factores internos das empresas e, mais vagamente de factores exógenos circunstanciais.
A verdade é que houve um tempo em que tiveram mais razão. Continue a ler “Desta vez é muito diferente”

Hidrogénio, um forte rival do Lítio?

O El Pais coloca o Hidrogénio como fonte energética para os veículos elétricos e como forte rival do Lítio.

A hipótese é fortalecida pelas falhas no fornecimento de energia elétrica aos carros com baterias de lítio e à demora no reabastecimento.

O Hidrogénio precisa de vencer um forte handicap: 10€ por 100kms…

Lutando contra 8 gigantes

Guy Standing encontra 8 obstáculos para o bom desempenho da nossa economia e para a saúde da nossa sociedade. Um artigo que advoga com muita inteligência o estabelecimento de uma renda básica para contrariar o poder dos monstros ciclópicos que, segundo o pensamento expresso, nos esmagam a todos.

Um argumentário que já teve melhores dias… Seja como for, por estarem bem sistematizados, aqui enuncio os referidos Adamastores:

i.- A desigualdade; ii.- A insegurança económica; iii.- A dívida; iv.- O stress; v.- A precariedade crescente; vi.- Os robôs; vii.- O aquecimento global e a catástrofe ambiental e viii.- O populismo.

Um artigo a ler na Project Syndicate.

O Lítio e o Cobalto no Oceano Atlântico

No Atlântico vários países procuram metais preciosos. Portugal é um desses países e no seu interesse, neste novo ano que agora começa, deve acelerar o processo de reconhecimento da sua ZEE no seio da ONU.

 

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