SP 500: Momento de pausa.

Claramente, esta é uma má altura para se estar otimista no SP.
Pior altura do que esta só quando se confirmar a debacle ou, ao invés, quando se verificar que o pior já passou… É que estar otimista quando o céu está azul é muito fácil e sentir-se pessimista debaixo de céu cinzento, como diria o outro, é como chover no molhado.

Haverá razões – imaginamos até a pergunta do leitor mais cético – para se achar que há notas de otimismo no percurso dos índices? Pois podemos dizer que sim. Essa é que é essa.

 

Repare-se que não é inevitável uma guerra comercial à séria entre os chineses e os americanos. E até nos parece – garantimos que fizemos acompanhar o jantar com água do Vimeiro – que o Trump tem toda a razão em refilar com o chefe atual do império do meio. Dadas as circunstâncias, é muito possível que a China se chegue à mesa das negociações e aceda a acatar algumas das exigências dos americanos.

(Em relação aos desequilíbrios comerciais com a China também  a Europa teria que se queixar… se, ao menos, existisse. E Portugal… Bom Portugal, a propósito de trocas desequilibradas com a China, só poderia fazer alguma coisa se reservasse um condomínio de luxo no Algarve para usar como presídio dos Mexias, dos Catrogas e de outros pent….s que tais.)

O mesmo otimismo pode acompanhar as expectativas de crescimento das economias dos países desenvolvidos. Ainda não é tempo de se antever uma recessão no horizonte…

Entretanto, a revolução em curso nas TIC, na IA, na massificação e desenvolvimento das energias renováveis e na implementação de novas formas de mobilidade deverão começar a dar os seus frutos dentro de dois ou três anos. Muitas empresas que por ora se movem discretas em breve verão os seus resultados subir de forma exponencial, enquanto outras verão confirmadas as expectativas que o mercado tem depositado nelas. Esta será uma dinâmica que mais cedo do que tarde se espelhará nos índices dos mercados mais desenvolvidos.

Curioso e encorajador o facto de o SP 500 ainda não ter desfeito a LTA que tem vindo a desenhar de há um ano e meio a esta parte. Este facto, de per si, pode alentar-nos face às previsões mais negativas que começam a pulular um pouco por todo o lado.

No longo prazo, o Ichimoku mensal que se publica abaixo reforça esta expectativa mais otimista.

O pessimismo assenta os seus alicerces na ideia de que só uma correção de 60% pode ter validade e pode ser considerada um verdadeiro escape de eventuais desvarios e desconchaves que tenham enformado os índices.
É assim que duas correções como as que destaco abaixo passam discretas e silenciosas na maiorias das análises mais pessimistas que se vão publicando. A última correção considerada normalmente foi, na realidade uma hecatombe! Uma queda de 60% de um índice não poderá ter outro nome… (a não ser que lhe queiramos chamar, por exemplo, vá lá… calamidade).


Acima a correção de 16% que ninguém viu e em baixo a despiciente queda de 20%. Soma: trinta e tal por cento de correção atiradas sem préstimos para o galheiro…

À laia de conclusão, e para que não se diga que escondemos as más notícias, um Ichimoku diário um bocado complicado.
Desesperado? Desesperado é que ainda não.
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